Créditos da foto: (Arquivo pessoal)
A Informação não
é mercadoria,
é um bem público.
Venha se somar aos mais de 100.000 leitores cadastrados.
Decidida a parar, depois de cinquenta anos de profissão trabalhando em redações de jornal, revista e televisão, estava eu escrevendo para a página Uma Coisa e Outra do meu amigo, o poeta e publicitário Celso Japiassu, quando comecei a ler diariamente Carta Maior. Nela, chamava minha atenção, além das suas posições incontestes à esquerda e alinhadas ao Partido dos Trabalhadores, a sobriedade da apresentação gráfica, a qualidade do conteúdo - pequenos ensaios, análises, informações -, e, sobretudo, o rigor da sua edição que naquela época (2013/2014) era produzida pelo Marco Weissheimer. Foi ele quem me apresentou ao Palhares e a quem ofereci meu trabalho calcado em comentários e resenhas de filmes que já vínhamos fazendo nos vários veículos em que trabalhei, desde o começo dos anos 60.
O que não excluiu, durante esses últimos sete/oito anos, que colaboramos para CM, algumas entrevistas importantes. Entre elas com Leonardo Padura, Celso Amorim, João Pedro Stédile, Deyvid Bacelar - e matérias de pautas ocasionais.
É com alegria que festejo, em companhia da equipe de Carta, esses vinte anos de sua sobrevivência, suas lutas, as vitórias conquistadas a duras penas e, agora, pronta para os sérios desafios que nos aguardam. A permanência da página é notável em um país no qual a mídia independente é, por vezes, tão desdenhada e menosprezada.
Léa Maria Aarão Reis é redatora de Carta Maior